The Horned God, Cernunnos.
Esta divindade selvagem, representada com chifres e rodeada de animais também evoca semelhanças com os Faunos, Sátiros e Pan.
Recolhido na penumbra e de mãos abertas a quem o vê, o deus caçador, perscruta a alma do incauto. A floresta enegreceu, nunca os galhos secos estalaram de forma tão audível, os ramos da árvores arrepanham roupa, cabelos e pele. Era dia...
Tropeça-se uma vez, e outra, cada vez mais perdido, cada vez mais perseguido. A exaustão vence, o coração tamboreia o tronco impiedosamente, e de rastos pelo solo fora soltam-se gritos dementes. Tudo está vivo!
Num rasgo de energia, as pernas correm sem mestre e as mãos avançam pelas arestas das pedras, tapam a cara, lançam-se no ar. Pobre ser, de quem foges?
Tropeça-se uma vez mais para cair no abraço gelado das águas. De cabelos de lismos e musgos e voz de água, as ninfas embalam o abandono fácil.
A caçada chegou ao fim, o deus cornífero perseguiu o berço da morte, e com glória celebra a vida.
Recolherá às sombras uma vez mais para caçar...
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2 comments:
Gosto muito deste post mas acho que acho que precisamos de um novo. Estamos de férias? :o)
Férias...esse mito...
:D
E o que se segue deve de ir ser tirado de algum baú bolorento :)
Até já.
Ainda estou em estado de choque do comentário ;P
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